quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Entrevista de Júlio Domingues ao Diário Popular


Julio Domingues
Na terça-feira dia 14 de agosto concedi uma entrevista ao Diário Popular. O jornal propôs que os candidatos a vice prefeito escolhessem um local simbólico da candidatura para conceder a entrevista. E a primeira questão fora justamente sobre a escolha do local. Escolhi o Parque da Baronesa para contrastar a história oficial de Pelotas, ou seja, a história branca, com a história concreta de exploração do povo negro que de fato trabalhou e desenvolveu esta cidade. Inicialmente havia pensado na praça popularmente conhecida como “Praça dos enforcados”, pois Pelotas têm diversos símbolos que contam e recontam a sua história, esquecendo-se da presença e contribuição do povo negro, que teve sua força extremamente explorada e deu seu sangue para construir a cidade. A popularmente conhecida Praça dos Enforcados, também é emblemática, recebe esse nome não oficial por ser o local onde ocorriam as execuções dos escravos, através dos enforcamentos transformados em um evento cultural da elite branca que aplaudia as atrocidades ao ar livre. Enfatizei durante boa parte da entrevista a importância da população negra na cidade de pelotas e a necessidade de valorização cultural, salientando o papel de políticas públicas para esse fim. Uma que destaco é a real aplicação da Lei 10639/03, que tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira em todos os estabelecimentos de ensino da educação básica, em vigor desde 09 de janeiro de 2003. Pois é notório que a forma como ainda hoje estudamos a história do Brasil o negro existe somente até 1888, ano da abolição. Depois dessa data a figura do negro some dos livros didáticos. 
Por fim salientei a importância de um vice prefeito assumir um cargo administrativo, lembrei de um caso recente em Pelotas em que um vice prefeito reivindicava junto ao prefeito um gabinete, puro reflexo do modo como são formadas as alianças entre os partidos tradicionais. Sob interesses pessoais, sem o menor critério ideológico. Fato que ocorre nessa eleição também, afinal as noticias que cercaram as formações das outras quatro chapas demonstravam o quadro da política tradicional. Em nenhum momento esteve presente entre os acordos de coligações a proximidades entre os projetos dos partidos, discutiam-se nomes, em que pese que alguns eram citados por pensarem nas próximas eleições. 
O PSOL é diferente com uma candidatura que possui um programa que tem criticas a política tradicional e seu vários projetos falidos, criticamos as péssimas gestões que já passaram pela cidade de pelotas e deixaram uma marca de estagnação. Mas vamos além, com propostas reais para cidade.