quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

REUNIÃO DO NÚCLEO DE TRABALHADORES DO PSOL PELOTAS





Neste sábado, 02/02 teremos reunião do núcleo de trabalhadores do PSOL Pelotas, às 16h na sede do PSOL (Xv de Novembro, 208, entre Tamandaré e Benjamin Constant.

Pauta: Informes; a atualidade da luta dos trabalhadores e organização do núcleo. 

Compareça!

domingo, 27 de janeiro de 2013

Luto por Santa Maria

O PSOL Pelotas se solidariza com vitimas e familiares da maior tragédia ocorrida na história do Rio Grande do Sul. Autoridades apelam por doação de sangue e presença de profissionais da área de saúde, a união faz a força. Contatos podem ser feito com Bia pelo telefone (55) 91552087. Em Pelotas também podemos ajudar. O Hemocentro, na Avenida Bento Gonçalves, estará aberto a partir das 08:30 para receber as doações de sangue para serem enviadas a Santa Maria, é necessário:

-LEVAR DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO.
-Não ir em jejum. Façam um lanche umas 2h antes de doar.
-Ter mais de 18 anos e 50kg.
-Não ter ingerido álcool nas últimas 12h.
-Ter dormido no mínimo 6h.


sábado, 26 de janeiro de 2013

Agenda do PSOL Pelotas

Agende-se para as atividades do PSOL Pelotas. Venha construir um projeto diferente de política.

Sábado 26/01 - Reunião de apresentação do PSOL para novos filiados e simpatizantes. 19h. Sede do PSOL: rua XV de Novembro, 208, entre Tamandaré e Benjamin Constant.

Sábado 02/02 - Reunião do núcleo de trabalhadores do PSOL Pelotas. 16h. Sede do PSOL: rua XV de Novembro, 208, entre Tamandaré e Benjamin Constant. Pauta: Informes, a atualidade da luta dos trabalhadores e reorganização do núcleo.

Domingo 03/02 - Curso de formação feminista do PSOL. Horário a definir.

Agende-se e participe!

A conversão política também tem impacto moral


Roberto Robaina
Roberto Robaina
O governador Tarso Genro escreveu um longo artigo sobre as relações entre a moral, a ética e a política. Começa suas considerações mencionando as experiências de Robespierre e dos bolcheviques russos. Como qualquer pessoa que acompanha a política hoje sabe que o PT atualmente não tem absolutamente nada que ver com as ricas experiências da revolução francesa, tampouco com a revolução russa, vou me poupar de acompanhar Tarso em suas andanças por outros tempos. Concentro-me na parte para a qual ele realmente quer nos levar em seu esforço. Diz claramente:

“Um dos debates morais, de influência direta na política, que se trava aqui no Brasil no momento, está aberto pelo moralismo udenista, tanto promovido pela extrema esquerda anti-Lula, como pelo conglomerado demo-tucano. Trata-se da questão relacionada com a política de alianças, ou seja, a demonização do PT pela sua “abertura” na política de alianças. O ataque centra-se, principalmente, na consideração que o PT relaciona-se – para sermos delicados – com grupos e pessoas que tem métodos não republicanos de participação na gestão do Estado”.

Vamos antes acertar as palavras. Reconhecemos que o PSOL é um dos endereços que Tarso tenta criticar. Mas Tarso afirma, sem demonstrar, que somos a “extrema-esquerda”. O mais correto é que somos um partido de esquerda coerente. Tampouco é certo dizer que demonizamos o PT. Denunciamos, sem dúvida, as alianças que este partido tem feito. Mas usar a expressão demonizar é mais uma tentativa de desqualificar os críticos, já que identifica a política com ausência de racionalidade. E argumentos racionais sobram para desmascarar o PT. Finalmente, tenta comparar nossa política com o udenismo. Ora, esta é de longe a mais desqualificada afirmação. O udenismo representou uma política burguesa de direita contra Getúlio Vargas. Onde, quando, em que momento o PSOL teve uma política no sentido de apoiar golpes de direita contra o governo?

Somos o partido, por exemplo, que tem em sua trajetória uma luta clara contra o PSDB. No Rio Grande do Sul foram as ações do PSOL combinadas com as ações dos trabalhadores em educação que provocaram o desgaste do governo Yeda, principal representante do PSDB na história do Estado. As ações do PSOL foram depois capitalizadas eleitoralmente pelo PT, que ganhou as eleições seguintes diante do enorme desgaste do PSDB. Tarso foi diretamente beneficiado deste chamado voto útil que foi dirigido ao PT para evitar qualquer possibilidade de continuidade do governo Yeda. Que Tarso no governo tenha rompido seus compromissos de campanha com os trabalhadores em educação é uma prova de que os que estão realmente próximos de políticas como as do PSDB são os líderes do PT, não os seus críticos realmente de esquerda. Os exemplos poderiam se multiplicar pelo Brasil afora. Nas últimas eleições municipais, o caso mais emblemático foi no Rio de Janeiro, onde um consórcio envolvendo o PMDB e o PT ( com o claro apoio da Rede Globo) derrotou o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, garantindo a continuidade de políticas que favorecem a especulação imobiliária e deixa soltos criminosos envolvidos com as milícias.

Mas Tarso é cuidadoso com as palavras quando se refere aos aliados do PT. Eles usam métodos ”não republicanos de participação na gestão do Estado”. Seus métodos são quais? Feudais? Monarquistas? Não, são os métodos corruptos de uma República burguesa decadente dominada pelo capital financeiro. É esta República que o PT resolveu defender. E para isso se alia a Renan Calheiros, Eduardo Alves, Paulo Maluf, José Sarney. Seus métodos “não republicanos” podem ser muito melhor definidos por adjetivos como corruptos e fisiológicos. Suas políticas são de defesa dos interesses mais reacionários, mais de direita, sempre contra os direitos e as reivindicações mais elementares do povo. E esta aliança tem sido feita não para defender as virtudes de um Robespierre ou os propósitos comunistas de um Lênin, mas para levar adiante um modelo que drena quase a metade do orçamento nacional para os cofres dos banqueiros. São alianças para defender o capitalismo brasileiro e a utilização de recursos públicos do BNDES para financiar a acumulação de capitais das oligarquias financeiras e industriais.

Nossos argumentos – racionais, portanto – nos levam a denunciar estas alianças e mostrar que por trás delas há a defesa dos grandes capitalistas e banqueiros. Por trás delas há uma clara tentativa da direção do PT de mostrar-se totalmente confiável para se apresentar como o principal gerente dos negócios capitalistas.

Mas Tarso ensaia um diálogo com a racionalidade quando diz: “ Eu penso que temos, sim, problemas sérios na composição das alianças, quanto à frequente ausência de parâmetros programáticos para realizá-las”. Então Tarso faz uma crítica ao PT ou faz uma autocrítica em relação ao seu próprio governo? O artigo não diz nada sobre isso. A afirmação serve apenar para que ele diga que “os argumentos moralistas da extrema esquerda são frutos de mero oportunismo político, pois compete ao partido hegemônico, nas alianças, impor seus critérios morais para tratar do interesse público nas coalizões de governo”. Ora, isso quer dizer o quê? Que as alianças sem parâmetros programáticos podem, apesar disso, ter critérios morais defensáveis porque o partido hegemônico, no caso o PT, pode impor seus critérios? Sendo a prática o critério da verdade, sabemos que não é isso o que ocorre. No caso do governo do Rio Grande do Sul, as ações do PTB certamente não estão de acordo com os interesses públicos da maioria do povo. Não é à toa que o vereador Cássio Trogildo está sendo acusado de usar recursos públicos da Secretaria de Obras do Município de Porto Alegre para conseguir votos na recente eleição municipal. O padrinho político de Cássio é secretário estadual de Tarso.

O fato é que a moral da direção do PT, faz algum tempo, não tem contradição séria com a moral e os interesses da classe dominante. Os dirigentes convertidos em defensores dos interesses burgueses se apressam também a ter uma vida de acordo com estes interesses. Não querem se sentir integrantes de uma classe social distinta, “um andar abaixo”. Anseiam pela mobilidade social. Querem sentir-se entre iguais quando compartem os hotéis e restaurantes de luxo com seus novos amigos. Sem a propriedade dos meios de produção, sem a posse de bancos, a corrupção e privilégios é um caminho do tipo atalho. Esta é a explicação para a multiplicação do patrimônio dos Antônios Palocci, dos Delúbios Soares e de centenas de outros dirigentes petistas. Os dirigentes do PT que assumiram responsabilidade na administração dos fundos de pensão fizeram este percurso de modo mais seguro e com mais sucesso. Foram os responsáveis por usar dinheiro público em associação com as grandes empresas privadas e na especulação financeira. Muitos deles eram os líderes sindicais bancários quando o PT ainda era um partido burocratizado da classe trabalhadora.

É certo, então, que o problema do PT está muito longe de ser apenas seus “métodos não republicanos” provados no escândalo do mensalão. Seu crime político é ter se convertido em defensor da classe capitalista. Junto com isso assumiu sua moral. E os seus métodos.

Roberto Robaina é presidente da Fundação Lauro Campos e membro da Executiva Nacional do PSOL

sábado, 19 de janeiro de 2013

Marcelo Freixo na Aldeia Maracanã

Fora Renan, de novo!

Por Luciana Genro em 19 de janeiro de 2013;

Foto de Ramiro Furquim, do Site SUL 21.

Era o início do ano de 2007 quando o PSOL gaúcho começou a campanha Fora Renan. Munidos de cartazes e adesivos, fomos para a esquina democrática, ponto tradicional do ativismo em nossa capital, e começamos a coletar assinaturas pela cassação do Senador Renan Calheiros, acusado de corrupção. Depois propusemos que a campanha fosse assumida pelo partido no Brasil inteiro, o que foi prontamente aceito pela Direção Nacional do PSOL. Assim, nosso partido foi parte importante na luta que culminou na renúncia de Renan, atitude que tomou para evitar sua cassação por improbidade , falsidade ideológica, entre outros ilícitos.

Ele voltou, e não contente em voltar ao Senado, quer voltar a presidir a Casa. Um grupo de Senadores resiste. Entre eles o nosso Randolfe Rodrigues, que apresenta seu nome como alternativo ao de Renan. Aqui no Rio Grande do Sul Pedro Simon já declarou que não vota em Renan, que é do seu partido. Além de não votar em Renan, precisamos que ele vote em Randolfe! O petista Paim não se pronunciou, e nem Ana Amélia, do PP. Se Pedro Simon, que é do PMDB não vota em Renan, como explicar o apoio dos outros partidos, em especial o do PT?

A verdade é que um dos maiores desserviços que o PT prestou desde que chegou ao poder foi a sua ação reabilitadora de figuras sombrias da política nacional, tal como Renan, Sarney, Collor de Mello e Maluf. Este quarteto — ou seria quadrilha? — encontrou nos governos petistas um porto seguro para estancar a sua desmoralização e a perda de poder que vinham experimentando como resultado do fortalecimento dos movimentos sociais e do próprio crescimento do PT e das forças “progressistas”.

Mas os ditos “progressistas” aliaram-se ao atraso. Assim, para substituir Sarney, que também foi apoiado pelo PT, o governo petista apóia Renan. Na Câmara Federal não é diferente. O “progressista” Marco Maia lidera o apoio a Henrique Alves, que opera nos mesmos moldes de Renan. Para todos eles a política não é um instrumento de luta por princípios, idéias ou propostas. É um mero jogo de interesses fisiológicos, favorecimentos pessoais e dos grupos econômicos por trás de seus mandatos. Depois que Lula apertou a mão de Maluf selando a união para eleger Haddad nada mais deve surpreender.

Pelo menos alguns Senadores não aceitam a volta de Renan, símbolo deste modo de fazer política que deveria ser enterrado, mas que sistematicamente ressurge das trevas pelas mãos do PT. A plataforma apresentada por este grupo de Senadores não contém a radicalidade que, ao meu ver, seria necessária para enfrentar este debate sobre o estado da política em nossos tempos, visto que o menor dos problemas do Senado é a quantidade de dias em que se vota, mas sim o que se vota e por que se vota. Mas, diante da unidade oligárquico-petista, um pouco de republicanismo já é transgressor e, portanto, este movimento dos Senadores independentes é positivo e é muito importante que o PSOL, em cada Estado, faça pressão sobre os Senadores para que votem em Randolfe para presidir o Senado.

Mas ainda mais importantes serão as ações extra-parlamentares do nosso partido para lutar contra a corrupção e contra os efeitos da crise que já se abatem sobre o povo. Além da inflação que atinge os alimentos, diminuindo a comida na mesa das pessoas, o aumento das tarifas públicas, como das passagens de ônibus, é um problema real. O PSOL tem que ser parte da articulação de um movimento nacional para barrar este aumento que todo ano castiga trabalhadores, estudantes e desempregados. No Rio Grande do Sul já começamos e sei que em outros Estados também. Essa é a política que pode mudar o Brasil: feita pelo povo, nas ruas!

Luciana Genro, advogada, membro da Direção Nacional e presidente do PSOL em Porto Alegre.