terça-feira, 10 de julho de 2012

PELA CASSAÇÃO DE DEMÓSTENES TORRES

Amanhã o Senado brasileiro vota pela cassação, ou não, do senador Demóstenes Terres, ex DEM, Atualmente sem partido. Nós do PSOL, através de nosso senador Randolfe Rodrigues, somos vanguarda pela cassação de Demóstenes.

Senado define rito do julgamento; Demóstenes terá 30 min de defesa
Senador Demóstenes Torres deve ser
cassado nesta quinta-feira.
O Senado já traçou o rito da sessão de julgamento do pedido de cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido - GO), por supostamente ter usado o mandato para favorecer Carlinhos Cachoeira, marcada para esta quarta-feira. Para o Senado votar e decidir se um de seus pares perderá o mandato, foram estabelecidas hoje as etapas do julgamento, bem como prazos e funcionamento do Plenário.
Baseando-se no Regimento Interno da Casa e em acordo de líderes partidários com a Presidência do Senado, a Mesa Diretora comunicou que a sessão para votar o processo contra Demóstenes terá prazo de 10 minutos para a manifestação de cada relator e mais 10 minutos para cada senador que queira se manifestar. Ficou definido que, ao final, serão dados 30 minutos para a defesa e mais 30 para a acusação e, em seguida, a sessão será fechada para que os 81 senadores votem secretamente o futuro político do senador.
Pela acusação falará o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), do partido que representou contra Demóstenes no Conselho de Ética. Na abertura da sessão, terão a palavra o relator do processo que apurou a quebra de decoro parlamentar e pediu a cassação do mandato no Conselho de Ética, senador Humberto Costa (PT-PE), e o senador Pedro Taques (PDT-MT), que deu o parecer pela legalidade e constitucionalidade na Comissão de Constituição e Justiça.
Há um dia da possibilidade de perder o mandato, Demóstenes Torres voltou à tribuna do Senado para reafirmar inocência e exibir confiança em ser absolvido. Foram sete discursos nos últimos 10 dias e, em todos, o senador goiano negou ter feito lobby para Cachoeira ou recebido vantagens indevidas. A defesa alega em todo e qualquer tempo que as escutas que flagraram as relações de Demóstenes e o bicheiro são ilegais e teriam sido alteradas e editadas com a finalidade de atingir o senador.
Demóstenes é acusado de ter usado o mandato de senador da República para atender a interesses do bicheiro Carlinhos Cachoeira e ter recebido vantagens por isso. Se cassado, ele também ficará proibido de se candidatar a cargo público até o final de janeiro de 2027.
Carlinhos Cachoeira 
Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina. O escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido como mensalão.

Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram contatos entre Cachoeira e o senador democrata Demóstenes Torres (GO). Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido a critérios legais.
Nos dias seguintes, reportagens dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo afirmaram, respectivamente, que o grupo de Cachoeira forneceu telefones antigrampos para políticos, entre eles Demóstenes, e que o senador pediu ao empresário que lhe emprestasse R$ 3 mil em despesas com táxi-aéreo. Na conversa, o democrata ainda vazou informações sobre reuniões reservadas que manteve com representantes dos três Poderes.
Pressionado, Demóstenes pediu afastamento da liderança do DEM no Senado em 27 de março. No dia seguinte, o Psol representou contra o parlamentar no Conselho de Ética e, um dia depois, em 29 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski autorizou a quebra de seu sigilo bancário.
O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), anunciou em 2 de abril que o partido havia decidido abrir um processo que poderia resultar na expulsão de Demóstenes, que, no dia seguinte, pediu a desfiliação da legenda, encerrando a investigação interna. Mas as denúncias só aumentaram e começaram a atingir outros políticos, agentes públicos e empresas.
Após a publicação de suspeitas de que a construtora Delta, maior recebedora de recursos do governo federal nos últimos três anos, faça parte do esquema de Cachoeira, a empresa anunciou a demissão de um funcionário e uma auditoria. O vazamento das conversas apontam encontros de Cachoeira também com os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. Em 19 de abril, o Congresso criou a CPI mista do Cachoeira.


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