Em 25 de novembro de 1960 as irmãs Dominicanas
Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, que
lutavam por soluções para problemas sociais de seu país, foram
perseguidas diversas vezes e presas até serem brutalmente assassinadas. Em 1999, a ONU proclama essa data como o "Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher". Desde então, o dia 25 de novembro é relembrado no mundo.
Uma questão a ser levantada é a de fixar a ideia dessa data para que haja respeito todos os dias, com todas as mulheres em qualquer ambiente que seja. O dia 25 de novembro é para homenagear mulheres que lutaram por seus direitos e foram censuradas pelo machismo. No entanto, essa luta continua, pois o machismo continua e se fortifica com o capitalismo. Muitas vezes, não só o homem como em sexo masculino age com desrespeito. Muitas mulheres julgam vulgares àquelas que andam com vestido curto e saia justa, argumentando que saem assim às ruas com intenção de chamar a atenção. Isso nada mais é do que liberdade de expressão. Ouve-se muito falar nisso, mas o que parece é que as pessoas querem liberdade para se expressarem individualmente (típico do capitalismo).
Os problemas afetam domésticas, empresárias, estudantes, idosas, crianças. O que há é uma exploração de gênero sem distinção. A mulher é explorada ao efetuar a mesma tarefa que o homem e receber menos. É explorada por ter profissões definidas, como ser empregada doméstica, cabeleireira, entre outras profissões em que os homens podem atuar perfeitamente. Além disso, a mulher para ser aceita na sociedade tem que ser magra, loira, alta. Nós mulheres somos vistas como objeto de reprodução e é vergonhoso chegar aos 30 anos e não estar casada. Muito mais do que apenas um problema que leis resolveriam, o combate à violência contra a mulher é cultural, pois o homem a vê como objeto sexual e não respeita sua opinião exigindo que faça o que ele mandar. No entanto, se isso não acontece ele agride-a fisicamente. A violência não tem justificativa. É preciso ter tolerância e respeito para que problemas sociais como a violência à mulher acabe, pois apenas leis para punirem os homens não adiantam se eles não tiverem consciência do erro que cometeram, seja roubar, seja mentir, seja agredir suas companheiras. Educar a sociedade para que compreendam que pessoas do sexo masculino e do sexo feminino só têm o sexo como diferença e que seus direitos devam ser iguais e seu espaço no mundo para se expressar, escolher uma profissão, vestir-se e ter filhos é exatamente o mesmo, é fundamental.
Em 1866, no Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas. Portanto, essa não é uma luta restrita. Pelo contrário, é uma luta aberta a todas as pessoas conscientes da importância desse movimento e para àquelas que pouco compreendem mas que pretendem compreender e mudar essa realidade de discriminação que causa crises e acaba com a dignidade da mulher. A atitude de respeitar ou não, é, antes de tudo, uma demonstração do caráter que temos.
No site a seguir há dados sobre as consequências da violência à mulher: http://muitasbocasnotrombone2.blogspot.com.br/2010/06/dados-mundiais-sobre-violencia-contra.html
Nós do PSOL, estamos com uma setorial de mulheres para organizar ideias e um movimento comprometido com esse tema. A setorial é aberta ao público e abriga discussões e opiniões. É um grande passo pessoal organizar e participar de um movimento destinado a uma mudança que envolve cultura, educação e confronta os padrões impostos por um sistema que arrasa sociedades de países desenvolvidos e subdesenvolvidos, mas, mesmo assim, se firma com o apoio de mídias e governos ambiciosos. Como diria Dalai Lama, "seja a mudança que você quer ver no mundo". Saiba mais na nossa página do Facebook: http://www.facebook.com/groups/260588517403295/
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