domingo, 23 de setembro de 2012

O carnaval pelotense e o programa do PSOL


Nos últimos meses a Associação das Entidades Carnavalescas de Pelotas (Assecap) apresentou ao Executivo pelotense um novo projeto para o carnaval pelotense. Trata-se de um projeto planejado pelos maiores interessados na questão, os próprios carnavalescos. A referida proposta prevê a realização do carnaval de 2013 em frente aos armazéns do Porto, construindo uma Cidade do Samba e resgatando a gênese do Carnaval pelotense da década de 1930 e 1940, uma nova concepção da maior festa popular brasileira. Segundo o projeto haveria na Cidade do Samba uma passarela de 340 metros, quiosques, bandinhas, a presença de baleiros, engraxates, realização de rodas de samba, construção de picadeiro e cinema antigo entre outras atividades.
A proposta apresentada pela Assecap vem de encontro ao programa do PSOL. Não exatamente nos termos técnicos, ainda não havíamos chegado a uma síntese sobre como fazer a mudança necessária do carnaval pelotense, mas essencialmente nos termos políticos. Defendemos com muito entusiasmo a participação da sociedade nas decisões do Poder Público Municipal e a proposta da Assecap é um exemplo claro sobre como pretendemos governar. Somente a participação popular, aliada com especialistas da área, pode solucionar os problemas que estamos enfrentando, não só em relação ao carnaval como em todas as áreas. Se compararmos a proposta da Assecap com a proposta do governo Fetter Júnior a diferença é avassaladora. A proposta do governo é uma tragédia, pretende realizar o Carnaval atrás do Centro de Eventos, difícil acesso para as escolas, para os trabalhadores e para os foliões, típico de quem não se preocupa com o sucesso da festa popular. 
O PSOL Pelotas tem uma ideia diferente de governar. Queremos que a própria sociedade civil paute o Governo, assim como fez a Assecap. Abaixo reproduzimos nosso programa de Participação Popular e nossas propostas para o Carnaval Pelotense.


Nova política é com participação popular
Os Partidos de sempre querem que o povo participe da política apenas de dois em dois anos, nas eleições, para votar nos candidatos que já estão no poder. A proposta do PSOL é diferente e esta é a única forma de conseguirmos mudar a política de verdade.
Para o PSOL, a população deve participar ativamente da política. O povo tem o poder em suas mãos e normalmente, nas eleições o entrega para um político que lhe inspire confiança. Infelizmente, a absoluta maioria dos políticos acha que pode fazer o que bem entender com o poder que lhe é conferido pelo povo.
É necessário que o poder público construa mecanismos eficientes de participação popular. Propomos a criação de Conselhos de Bairro, fiscalização permanente das contas públicas e poder para os conselhos municipais. Além disso, defendemos a realização de plebiscitos e referendos para as decisões importantes e polêmicas da prefeitura, como por exemplo, o horário de abertura do comércio e a escolha de um local para a realização do Carnaval.
O Governo do PSOL vai fazer orçamento participativo de verdade. Quem deve definir o destino de grande parte dos recursos públicos é o povo, verdadeiro interessado na definição de onde devem ser feitos os investimentos.

Carnaval
O Carnaval de Pelotas já foi o melhor carnaval do Estado do Rio Grande do Sul e um dos melhores do país. Atualmente, a Prefeitura sequer consegue organizar o Carnaval de forma que os sambistas da cidade possam apresentar seu belo trabalho.
É necessário reorganizar o carnaval, tal reorganização deve ser construída democraticamente com as escolas, bandas e blocos. Desta forma, poderemos definir o local mais adequado para a realização do evento e resolver uma série de outros problemas.
O Carnaval precisa ser fortalecido para que também seja gerador de emprego e renda durante os 12 meses do ano. É necessário organização e preparação para que isto ocorra. Atualmente, as Escolas recebem ajuda financeira do Governo às vésperas do carnaval, precisamos modificar esta situação, as escolas, bandas e blocos devem ser apoiados durante todo o ano, não só com dinheiro, mas apoio à gestão dos recursos e planejamento estratégico.