Os
diretórios municipais do Psol foram proibidos pela executiva nacional de fazer
alianças com partidos como PSDB, DEM, PMDB, PR, PTB, PSD, PRB e PP, independentemente das
razões que poderiam motivar as coligações. Ao todo, foram vetadas alianças em
150 cidades por representarem "um bloco conservador que sustenta o regime
político atual". O presidente nacional do Psol, deputado Ivan Valente
(SP), disse que o mais importante para a sigla é se afirmar como um partido de
esquerda, com ideologia.
"Neste momento, estamos numa
fase de afirmação partidária e ideológica. O Psol se mostra para a população
como o partido que tem votado de forma diferente no Congresso Nacional. Em
várias questões econômicas, no Código Florestal, com a própria Lei da Copa, o
Psol foi o único que manifestou claramente sua posição contrária, estamos
conquistando espaço assim", disse. Ele concorda que a restrição nas
alianças impede que o partido conquiste mais espaço político, mas que
"vencer a qualquer custo" não é um objetivo da sigla.
"Assim como não vamos assumir o financiamento privado
das campanhas, porque não queremos ver o poder econômico influenciando na
política, também não queremos que o tempo de TV continue sendo uma mercadoria.
Achamos sim importante ter mais espaço na propaganda eleitoral, mas se isso for
desvirtuar a identidade do Psol, preferimos ficar sem", disse ao destacar
que a sigla preferiu optar por candidaturas próprias. "Temos candidatos em 23 das 26 capitais, e com chances
muito fortes em pelo menos três", afirmou ao citar Rio de Janeiro, Belém e
Macapá.
O líder ainda citou o exemplo do Rio, onde o deputado
estadual Marcelo Freixo aparece em segundo lugar na última pesquisa do
Datafolha, para defender que, embora o leque de coligações seja pequeno (apenas
coligações com PSTU e PCB são bem-vindas), o Psol conta
com uma "aliança com a sociedade". "A candidatura do Freixo tem
recebido a adesão de muitos líderes de outros partidos, do PT, do PDT, de
intelectuais, de artistas, de pessoas que estão descontentes com o modelo
atual. Isso nos fortalece".
No rio Grande do Sul,
foram barradas as coligações espúrias de São Lourenço do Sul e Montenegro.
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